Ao fazer balanço dos primeiros doze meses de governo, Camilo Santana destacou que foi um ano de dificuldade econômica, "mas fundamentalmente um desafio na questão hídrica". 2016 deve ser o 5º ano consecutivo de seca
Diante de provável
quinto ano consecutivo de escassez de água no Ceará, a principal expectativa do
Governo do Estado para 2016 é de que as águas da transposição do rio São
Francisco finalmente cheguem ao Ceará. Segundo o governador Camilo Santana
(PT), a previsão é de que a obra seja efetivada entre o final do próximo ano e
o começo de 2017.
Na reunião de Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (Mapp),
que reuniu secretariado e diretores de órgãos vinculados ao Governo no último
sábado, Camilo fez balanço do primeiro ano de gestão e ressaltou que o
principal desafio dos últimos 12 meses foi a questão hídrica.
“A obra do São Francisco é a grande vitória desse ano para o Ceará, para
o Nordeste. A água já está em Pernambuco e chegará ao Ceará no ano que vem”,
frisou Camilo. Amanhã, o governador estará com a presidente Dilma Rousseff (PT)
em Floresta (PE), para a inauguração da segunda estação de bombeamento que faz
parte do projeto de transposição. “Essa é nossa segurança para o final de 2016,
começo de 2017”, afirmou Camilo.
Balanço
Em análise do primeiro ano de gestão, o governador
pontuou que foi um ano de dificuldade econômica, “mas fundamentalmente um
desafio na questão hídrica”, área prioritária do Governo, segundo Camilo.
A vice-governadora, Izolda Cela (Pros), também fez referência a ações de
convivência com a seca, como perfuração de poços, construção de adutoras e
contratação de equipamentos. Apesar da torcida por uma estação chuvosa
suficiente para garantir o abastecimento nos municípios, Izolda confessa que
“há muita apreensão quanto a isso”.
Em relação à conjuntura fiscal, Camilo defende que o Estado manteve uma
situação “equilibrada” e comparou o Ceará a estados que passam por dificuldade
de pagamento inclusive na folha de servidores. Os cortes de recursos federais
impactaram nas contas do Governo em 2015. A projeção, segundo anunciado pelo
secretário da Fazenda, Mauro Filho, é de que as perdas tenham sido em torno de
R$ 400 milhões.
Em entrevista exclusiva ao O POVO, na última semana, Camilo afirmou que
panorama econômico para 2016 será definido até março, com base na evolução da
crise política, na temporada de chuvas e na arrecadação própria do Estado.
Entre as promessas para 2015 que não foram cumpridas, Camilo lamentou o
atraso na implantação do Bilhete Único Metropolitano. A previsão é de que o
sistema de integração do transporte urbano comece a funcionar apenas em março
do próximo ano.
No último sábado, Camilo reuniu secretários e diretores de órgãos
vinculados ao Governo para apresentar a proposta do bilhete único e fazer um
balanço da gestão. O encontro aconteceu no Pavilhão de Eventos da Residência
Oficial. Nas apresentações de projetos, constaram obras como o VLT, Metrofor,
Minha Casa Minha Vida, hub da TAM no Ceará, dentre outras ações previstas para
2016.
Saiba mais
2017
A previsão do Ministério da Integração é de que a
obra da transposição do São Francisco seja finalizada em 2017. São 477
quilômetros de extensão das obras em 390 cidades dos estados de Pernambuco,
Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Atraso
Iniciada em 2007, a obra tinha prazo original de entrega em 2012. A
justificativa para o atraso é de que a troca de empresas prejudicou a execução.
Sarampo
Na área da Saúde, Camilo Santana também destacou,
como conquista de 2015, ter erradicado os casos de Sarampo e o recorde no
número de transplantes.
Segurança
Na segurança, o avanço foi ter conseguido, em 17 anos, reduzir o total
de homicídios, pontuou Camilo.
Vice-governadora
No balanço de 2015, a vice-governadora Izolda Cela
destacou ações como a articulação para vinda do hub da TAM para o Ceará e o
projeto que definiu as promoções para a Polícia Militar e Bombeiros.
Educação
Izolda pontuou também avanços na educação, com a previsão de construção
de 15 escolas de ensino médio para substituir estruturas antigas em Fortaleza e
o projeto de mais 20 escolas profissionalizantes.
Fonte: O Povo

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