Pelo menos sete
presos morreram durante as rebeliões no Complexo Penitenciário de Itaitinga. O secretário também informou que a greve foi encerrada e que “a categoria
deve voltar ao trabalho imediatamente”.
Pelo menos sete presos
morreram durante as rebeliões no Complexo Penitenciário de Itaitinga, na Região
Metropolitana de Fortaleza, que teve início na manhã deste sábado (21). A
Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) confirmou três óbitos, no início da
noite. O secretário Hélio Leitão não descartou que o número de óbitos pode ser
maior já que a situação em todas as unidades que tiveram confrontos ainda está
sendo avaliada pelo Governo do Estado.
O secretário não
especificou em qual unidade os presos morreram. Informações repassadas ao
Diário do Nordeste dão conta que as mortes ocorreram na Casa de Privação
Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL III) que integra o Complexo,
junto com a CPPLs II e IV. Conforme apurado, a situação no Complexo ainda não
foi estabilizada e a energia no local está cortada desde o início da noite.
De acordo com Hélio
Leitão, as rebeliões ocorreram porque os agentes penitenciários, que iniciaram
a greve neste sábado apesar da Justiça ter considerado o movimento ilegal,
tentaram impedir a visita dos familiares dos detentos. A Polícia Militar foi
acionada, e segundo o titular da Sejus, “os agentes tentaram um confronto com
os policias que teria consequências imprevisíveis”.
O secretário
reforçou que o movimento dos agentes foi considerado ilegal e que o Ministério
Público deverá investigar o que ocorre nas unidades. Hélio reforçou que as
rebeliões trouxeram “grandes prejuízos para o Estado”. As visitas dos
familiares estão mantidas para este domingo (22), segundo a Sejus, nas unidades
que não registraram rebeliões.
Greve dos agentes é
encerrada
O secretário também
informou que a greve foi encerrada e que “a categoria deve voltar ao trabalho
imediatamente”. De acordo com ele, o Governo aceitou incorporar a Gratificação
de Atividades Especiais e de Risco (Gaer) passando do atual percentual de 60% para
100%, de forma escalonada.
O Governo também
aceitou enviar uma nova mensagem do Governo à Assembleia Legislativa para
equiparar o valor a ser pago aos agentes quando os mesmo atuarem em dias de
folga. Segundo o Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do
Estado do Ceará (Sindasp-CE), conforme regulamentação estabelecida pelo
Governo, os policiais recebem R$ 20,00 pela hora trabalhada nestas
circunstâncias, enquanto para os agentes a remuneração seria de R$ 9,86.
Com informações do
Diário do Nordeste
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