Batista Sousa, exerce a profissão há 30 anos e já
recebeu honrarias devido ao seu trabalho
Linha dura, assim é
conhecido o subtenente Batista Sousa, que trabalha no município de Varjota, no
interior do Ceará. Ele recebeu esse apelido por ter o comportamento rígido e
por se colocar no lugar dos cidadãos quando prende algum assaltante.
Além
de fazer discursos de repúdio, ele já ordenou até que um dos assaltantes
parasse de rir enquanto gravava um vídeo contando como havia sido realizada a
prisão. Popular em sua cidade, ele faz sucesso em vídeos na internet e já ganhou quatro títulos
de cidadania nas cidades que trabalhou por prestar um bom serviço: Forquilha,
Varjota, Pires Ferreira e Santa Quitéria.
“Quando
estão presos, eram para estar com uma bola de ferro nos pés, acorrentados e
botar pra trabalhar. Mas não, tem almoço, janta, merenda e ainda tem visita
íntima. E quando são soltos, não vão procurar igreja para orar não, vão
praticar assalto, fazer tudo de novo”, reclama em um dos vídeos. Quando ele
cita visita íntima, um dos assaltantes ri e ele retruca. “Não se abra não! Não
se abra que eu estou falando com você, seu vagabundo, se feche”, diz o
policial. E logo o assaltante contém a risada.
Ele
reclama do tratamento que os detentos têm na prisão e de quando um assaltante
chama a vítima de “vagabundo” durante a abordagem. “Quem tem que ser bem
tratado é cidadão, que trabalha, que merece todo respeito”, defende. Durante a
gravação do vídeo, o radialista Frank Oliveira pergunta se a dupla tentou
reagir contra a polícia. “Não é nem besta. Se tivesse tentado reagir, estavam
todos dois com paletó de madeira”, responde.
O
policial já recebeu ameaças devido sua atitude, mas não quer mudar seu
comportamento e se classifica como guardião da sociedade abaixo de Deus. “Se eu
tivesse medo de bandido, não estava aqui não”, diz enquanto bate no colete,
orgulhando-se do seu trabalho. O militar já prestou serviço em Fortaleza, na
cidade de Forquilha e atualmente está em Varjota.
Em outro vídeo, o
subtenente está apaisana e faz a apreensão de um homem que teria roubado uma
motocicleta de um mototaxista. Ele tira o capacete do homem e deixa que as
pessoas vejam e reconheçam o rosto do assaltante. Nesse momento uma mulher diz
que o homem já a teria assaltado.
“O
elemento pegou o mototáxi às 8h, fez a corrida, depois deu uma furada no
mototaxista e cortou o pescoço dele. Daí, fugiu. De tarde, eu estava de folga
quando me ligaram avisando que teriam visto ele. Fui à procura e me deparei com
o indivíduo. Parti pra cima, consegui imobilizá-lo e fazer a prisão dele, além
de recuperar o bom do mototaxista”, relembra.
Ele
estava sozinho quando realizou essa prisão. “A nossa profissão é assim, você
não tem hora. Muitas vezes, devido às leis do nosso país, parece que estamos
enxugando gelo, porque eles [assaltantes] são presos e depois soltos. Mas
estamos cumprindo o nosso papel”, declara. Com 51 anos de idade, ele já dedicou
30 à carreira na Polícia Militar, tendo recebido uma honraria por bom serviço
prestado à população cearense das mãos do governador Camilo Santana.
Maioridade penal
Ele
também acredita que independente da idade, todos deveriam pagar por seus
crimes. “Acho que as leis têm que mudar. Porque existe menor perante as leis
mas ele não é menor para roubar, matar e estuprar. E quando você consegue pegar
um desses tem que dizer as iniciais, não pode mostrar o rosto, tem que dizer
que foi apreendido, tudo muda. E com as vítimas? Com os cidadãos? Qual é o
direito deles?”, indaga.
Por último, ele afirma ser temente a Deus e que sente orgulho do seu trabalho porque se coloca no lugar do cidadão. “Quando o cidadão liga para a polícia ele está pedindo socorro, então quando eu realizo uma prisão eu entendo que o pedido dele foi atendido. Se todo policial honrasse a sua farda, honrasse o seu serviço e acreditasse no seu trabalho tudo seria melhor”, conclui.
Por último, ele afirma ser temente a Deus e que sente orgulho do seu trabalho porque se coloca no lugar do cidadão. “Quando o cidadão liga para a polícia ele está pedindo socorro, então quando eu realizo uma prisão eu entendo que o pedido dele foi atendido. Se todo policial honrasse a sua farda, honrasse o seu serviço e acreditasse no seu trabalho tudo seria melhor”, conclui.
Fonte: Tribuna do Ceará
0 comentários:
Postar um comentário