Leandro Vasques, presidente do colegiado, diz que a
violência registrada no Ceará está "massacrando a população", e
aguarda do secretário André Costa um plano que reduza os índices recordes de
assassinatos e roubos.
“Não vamos silenciar enquanto não enxergarmos um plano
efetivo que possa reduzir esses índices que estão massacrando a população do
estado do Ceará”. A declaração partiu do
advogado criminalista e presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública,
Leandro Vasques. Nesta sexta-feira (26), ele concedeu entrevista ao programa
“Ceará News”, da Rede Plus FM, quando abordou sobre a violência no Ceará.
Segundo o presidente, “o Conselho não pode ter uma posição
decorativa ou alegórica”, diante dos altos índices da violência que domina o
Estado do Ceará, com o número recorde de 5.134 assassinatos em 2017 e mais de
400 nos primeiros 25 dias de 2018.
Nesta sexta-feira, o Conselho se reúne mais uma vez de forma
extraordinária para receber a presença do secretário da Segurança Pública e
Defesa Social, delegado federal André Costa. O objetivo é a divulgação de um
plano de segurança para o Estado, que vise reduzir a violência armada e os
Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) em 2018.
Segundo Vasques, diante do cenário de terror que domina o
Estado, o cidadão cearense sofre uma verdadeira revolução nos seus hábitos. “Na
camada mais pobre, as pessoas estão aflitas, passando por uma verdadeira guerra
civil na periferia. Já na classe média, acabou
a diversão em casas de veraneio, por exemplo. As pessoas agora ficam
dentro de condomínios. Ninguém mais pode sair à noite para um evento social ou
mesmo para ir à missa”.
Sentinela
Ele citou o caso de uma reportagem recente em que o dono de
uma pizzaria localizada no bairro Cidade dos Funcionários revelou ter o estabelecimento sido assaltado 11
vezes. E o caso de um pequeno comerciante da periferia que está sendo obrigado
agastar dois mil reais por mês para manter uma segurança armada e câmeras para
não ser novamente assaltado.
“Oficiamos ao secretário de Segurança para que ele apresente
um plano de enfrentamento à violência. Estamos de sentinela para ouvir o que o
Governo tem a nos dizer diante deste cenário preocupante”, finaliza.
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