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Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil |
Quando rompe o ano, o contribuinte espera o aumento de
gastos de forma natural. IPVA, IPTU, material escolar, matrícula e imposto de
renda estão entre os principais gastos. Para o início de 2022, no entanto, o
consumidor deve se preparar um pouco mais. Seguindo a tendência de alta nos
preços, a previsão é que brasileiro terá que lidar com mais um aumento de
imposto: o IPVA.
O calendário e as previsão de quanto será arrecadado com o
tributo deve sair em dezembro, após a divulgação dos valores venais dos
automóveis. “Ocorre que a paralisação na produção de veículos em razão da
escassez de componentes eletrônicos, mais aumento no custo de matérias-primas
como aço e alumínio, provocou uma disparada nos preços de automóveis novos e
usados em 2021 e é por isso que o imposto vai subir”, explicou o economista
Wandemberg Almeida, conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE).
Ainda segundo o especialista, o aumento deve ser em torno de
4 a 7%. “O mercado automotivo também enfrentou crise e isso gerou certo
desaquecimento do mercado. Tudo isso traz certas consequências, inclusive o
aumento do IPVA. Se pararmos para comparar o preço dos automóveis, veremos que
teve crescimento significativo dos preços, esse é um dos critérios para esse
aumento, aliado à baixa produção e falta de matéria-prima”, explicou.
De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(Fipe), entre fevereiro de 2020, mês imediatamente anterior ao início da
pandemia, e julho de 2021 os preços de automóveis zero-quilômetro subiram
19,9%, enquanto os carros usados tiveram alta de 24,4%.
O IPVA é calculado sobre o valor venal médio do veículo, enquanto
as alíquotas variam de acordo com o tipo de carroceria e combustível em cada
Estado. As alíquotas são fixas, porém, com o aumento do valor de mercado, a
base de cálculo subirá. No Ceará, de acordo com a Secretaria da Fazenda, as
alíquotas do IPVA variam de 0,5% a 3,5% sobre o valor venal dos veículos. A
maior parte da frota tem alíquota de 3%. É o caso dos automóveis e caminhonetes
entre 100 e 180 cavalos de potência. Ônibus, micro-ônibus, caminhões e veículos
de locadoras pagam 1%.
As alíquotas também privilegiam os bons motoristas.
Motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos até 125 cilindradas pagam 1%,
se não tiverem cometido infração de trânsito. Caso contrário, a alíquota sobe
para 2%. Do total recolhido, 50% pertencem ao Tesouro Estadual e os outros 50%
são destinados aos municípios onde os veículos estão licenciados.
Pessoas com deficiência têm direito à isenção do imposto,
assim como proprietários de máquinas agrícolas, táxi, ônibus de transporte
urbano e metropolitano, transportes escolares, além de veículos com mais de 15
anos de fabricação.
Fonte: O Estado.
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