O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), vetou o aumento do próprio salário, de R$ 25 mil para R$ 38 mil. A decisão se concretiza semanas após o gestor criticar a aprovação do reajuste aprovado pelos vereadores da capital maranhense, quando alegou desconhecimento da medida do Legislativo municipal.
Com o veto, assinado nesta sexta-feira (3), o texto da emenda ao Projeto de Lei 275/2024 volta para a apreciação da Câmara. Em vídeo publicado nas redes sociais, Braide pediu para os vereadores respeitarem a decisão contrária ao aumento.
“Se esse aumento valesse, o meu salário seria o maior do Brasil, ao lado do prefeito de São Paulo [Ricardo Nunes]. Por isso, estou encaminhando, agora, o veto para a Câmara Municipal e tenho certeza de que os vereadores manterão o veto e, portanto, a minha decisão de não aumentar o meu salário”, disse o prefeito.
O aumento do chefe do Executivo foi aprovado em dezembro do ano passado, ocasião em que os vereadores alegaram que o salário do prefeito está vinculado ao reajuste de algumas categorias de servidores municipais, como auditores e controladores.
Quando o texto foi aprovado, o Band.com.br repercutiu críticas de Braide à decisão unânime dos vereadores. Na ocasião, o prefeito disse que não pediu o aumento nem teve conhecimento da proposta que, para ele, é “algo fora da realidade de São Luís”.
No final da tarde, a Câmara Municipal de São Luís enviou uma nota ao Band.com.br com explicações sobre a aprovação do reajuste salarial do prefeito e reforçou a justificativa relacionada aos vencimentos de controladores e auditores municipais. O Legislativo destacou que essas categorias estão há 10 anos sem reajuste por terem os pagamentos vinculados ao do chefe do Executivo.
A Câmara também destacou que o texto aprovado tem um dispositivo que permite ao prefeito devolver o excedente dos atuais R$ 25 mil para os cofres públicos, se assim optar.
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