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Foto: Divulgação


A taxa de anticorpos neutralizantes, capazes de bloquear a entrada do vírus Sars-CoV-2 nas células, induzida com a vacinação pode aumentar de três a cinco vezes após uma terceira dose da Coronavac em indivíduos de 18 a 59 anos. Uma terceira dose do imunizante é segura e não produz efeitos adversos graves quando aplicada entre seis a oito meses após a segunda dose.

 

Já nas pessoas com 60 anos ou mais, uma terceira dose dada após oito meses ou mais pode elevar o nível de anticorpos produzidos com as duas doses da vacina em até sete vezes. Esses são os resultados de dois estudos conduzidos na China pela fabricante da Coronavac, a Sinovac, e divulgados na plataforma edrxiv na forma de pré-prints (sem revisão por pares).

 

Estudo

O primeiro consiste em um estudo de fase 2 randomizado, controlado e duplo-cego, com 540 pessoas de 18 a 59 anos que receberam três doses do imunizante e mais 30 que receberam placebo (inócua para o organismo). Os participantes foram divididos em quatro grupos, dois dos quais receberam duas doses e dois que receberam a terceira dose. Um grupo recebeu a dose reforço 28 dias após a segunda dose, enquanto o outro recebeu seis meses após a vacinação com apenas duas doses. As taxas de anticorpos específicos contra o coronavírus em circulação no sangue foram medidas no dia inicial do estudo, no 28º dia após a primeira dose, e, depois, em intervalos de 14 ou 28 dias após a segunda dose, e 14 ou 28 dias após a terceira dose.

 

Nos primeiros seis meses após a segunda dose, o nível de anticorpos, segundo os autores, já apresentou uma queda considerável, chegando próximo do limiar de corte para a chamada seroconversão (presença de anticorpos no sangue específicos contra o Sars-CoV-2). Com a terceira dose, no entanto, essa taxa apresentou um aumento de três a cinco vezes. Já o segundo estudo, combinado de fases 1 e 2, também controlado, randomizado e duplo-cego, avaliou 303 pessoas com mais de 60 anos. Os participantes foram divididos em três grupos para receber uma terceira dose mais baixa (3µg), mais alta (6µg) ou uma substância placebo oito meses ou mais após a segunda dose.

 

Resultados

Nesse caso, os resultados vieram depois de apenas sete dias após a dose reforço, quando os níveis de anticorpos no sangue dos participantes aumentaram até sete vezes. Essa resposta mais rápida pode ter sido, em parte, impulsionada pelo fato de que, seis meses após a vacinação, é natural o processo conhecido como decaimento de anticorpos no sangue, especialmente em indivíduos mais idosos (fenômeno conhecido como imunoscenecência). Assim, embora um esquema vacinal de duas doses represente uma boa resposta imunológica, uma dose adicional pode dar um “empurrãozinho” na memória imunológica, ajudando o organismo a voltar a produzir os anticorpos específicos contra o coronavírus.

 

A terceira dose da vacina também se mostrou segura nos indivíduos mais idosos. Os autores reforçam, porém que nos dois estudos foram avaliados apenas níveis de anticorpos do tipo neutralizante, que é um, mas não o único, tipo de proteção contra o vírus.

 

Fonte: O Estado

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